História - Sobre Nós : Change & Grow®

História Change & Grow®

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Mudança e Crescimento!

Estas são, sem qualquer dúvida, as duas palavras que mais marcaram os últimos 15 anos da minha vida profissional, dedicados ao tratamento dos mais variados tipos de dependências e distúrbios.

Associo-as, naturalmente, à minha própria Mudança e Crescimento no que diz respeito à forma de ver, entender, sentir e abordar o tratamento de todos os tipos de dependências e distúrbios e, principalmente, à Mudança e ao Crescimento de todos aqueles, que, ao longo do tempo, tenho tido o privilégio de acompanhar, quer em tratamento, quer nos seus posteriores processos de recuperação e integração social, familiar e profissional.

Iniciei a minha carreira profissional dirigida para o tratamento das adições e dependências, em Inglaterra. Enquanto terminava os meus estudos, ingressei, como técnico, num centro de tratamento tido, na altura, como sendo uma referência mundial no tratamento das adições/dependências (drogas e álcool).

Nesse centro, era aplicado um modelo terapêutico tradicional, baseado num programa específico, cujo foco de aplicação residia não nas situações vividas, mas sim nos sentimentos experimentados e vividos nessas mesmas situações.

À medida que melhor fui conhecendo, aplicando, explorando e transmitindo esse programa a todos aqueles que dele necessitavam para conseguirem viver de uma forma completamente livre, pude constatar a mudança e o crescimento que a sua aplicação promovia em todos os que o vivenciassem, com uma atitude de boa vontade, humildade e honestidade.

Na verdade, constatei que todos aqueles que o praticavam e o aplicavam nas suas vidas, numa base diária, tornavam-se capazes de ultrapassar as suas dependências, alcançando, simultaneamente, um desenvolvimento pessoal gerador de um crescimento interior que os libertava e conduzia à obtenção de vidas plenas e felizes.

Surgiram então no meu pensamento duas questões, cujas respostas se vieram a revelar como sendo fundamentais para o meu futuro, tanto pessoal como profissional.

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Por um lado, porque razão aquele modelo terapêutico era usado de uma forma quase exclusiva para o tratamento de adições/dependências mais específicas (drogas e álcool), e não de uma forma mais abrangente, que incluísse o tratamento de todos os tipos de distúrbios e de dependências químicas, emocionais e comportamentais?

Por outro lado, qual seria a razão pela qual a prática daquele mesmo modelo não podia ser sugerida a todos aqueles que, independentemente de sofrerem, ou não, de uma adição/dependência e de terem, ou não, um qualquer problema, o quisessem adoptar como “filosofia de vida”, como forma de, através dele, conseguirem desenvolver um maior auto conhecimento e um consequente desenvolvimento pessoal e crescimento interior?

Reflecti então, profundamente, sobre estas duas questões e sobre todas as eventuais implicações que poderiam impedir a aplicação daquele modelo a todos aqueles que dele necessitassem, sem que encontrasse uma qualquer explicação fundamentada para que tal acontecesse.

Solicitei então a outros profissionais, com mais experiência na aplicação daquele modelo, que me explicassem qual a razão, ou razões, para que o mesmo fosse aplicado de uma forma tão “exclusiva”.

Obtive várias e distintas respostas que, na sua generalidade e pelas mais diferentes razões, apontavam para a “quase obrigatoriedade” da utilização desse modelo terapêutico de uma forma exclusiva, para dependentes de drogas e álcool.

Alegavam que:

  • Os princípios daquele modelo pressupunham, como base de partilha e identificação, a raiz específica do problema/ dependência (álcool, drogas);
  • Os princípios do modelo utilizado, destinavam-se única e exclusivamente a todos aqueles que fossem dependentes ou sofressem de problemas relacionados com o álcool e drogas;
  • Os princípios desse mesmo modelo assentavam na identificação dos sentimentos relacionados às adições/dependências específicas, para os quais tinham sido concebidos, não fazendo, por isso, sentido que assim não fosse ou que fosse de outra maneira;
  • Não fazia sentido que alguém sem problemas e sem sofrer de um qualquer tipo de dependência e que pretendesse experienciar um programa de desenvolvimento pessoal, tivesse que ser internado num centro destinado ao tratamento de dependências, juntamente com verdadeiros dependentes, dado que uns nunca se iriam identificar com os outros;
  • Se já não fazia sentido juntar pacientes com os mais diferentes tipos distúrbios ou de dependências no mesmo local de tratamento, muito menos sentido faria juntar a todos esses pacientes, indivíduos sem um qualquer tipo de dependência e/ou com poucos ou nenhuns problemas só para praticarem um programa de desenvolvimento pessoal;
  • Não fazia sentido transmitir os princípios do modelo praticado a quem deles não precisava, nem para viver livre de dependências, nem para encontrar um novo modo de vida;
  • Entre outras.....

Ao analisar todas estas respostas, compreendi que o único entrave que afastava a possibilidade da aplicação daquele modelo tradicional de um modo mais aberto e abrangente que permitisse que todos dele pudessem usufruir, seria o facto do mesmo ter o seu foco de identificação na raiz do problema (distúrbio/dependência).

História Change & Grow

Habituado a lidar profissionalmente com todo o tipo de problemas, pensei então que, como todos os outros, este seria mais um Problema para o qual teria de haver uma Solução...

Ao colocar-me perante esta dualidade, Problema/Solução, percebi então que, apesar de nem todos os indivíduos se poderem identificar através da raiz dos seus problemas, todos se podem identificar através da procura da Solução para os mesmos.

Este pensamento foi, na verdade, o primeiro passo em direcção à concretização de um novo conceito de desenvolvimento pessoal e de auto-ajuda, de nome Change & Grow®.

Um conceito cujo ênfase deveria ser colocado, não no elemento que promove a separação de todos os que têm problemas, ou seja, a sua origem e as suas diferenças, mas sim num novo elemento, mais positivo e que promovesse a união, a empatia e a identificação de todos eles, independentemente dos seus problemas, patologias ou até mesmo da falta de umas e outras...

Apesar de saber de antemão que a decisão de desenvolver este conceito, tal como sempre tem vindo a acontecer com todas as ideias inovadoras e que rompam com o padronizado, iria gerar alguma discussão e até controvérsia, decidi que este era um desafio ao qual não podia “virar as costas”.

Dei então início ao desenvolvimento do projecto de criação de um novo conceito que, ao ter o seu foco nas Soluções e não nos problemas, nas semelhanças e não nas diferenças e na responsabilização de cada um pela conquista do seu bem-estar, fosse capaz de facultar a qualquer indivíduo, independentemente do seu problema, dependência ou até mesmo da inexistência tanto de uma como de outra, as estratégias para que este superasse as dificuldades com que se pudesse deparar no seu dia a dia, de forma a conseguir viver de uma maneira adequada, estável, responsável, plena e feliz.


Eduardo da Silva, 2012

Living in the solution…


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